segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pulseiras do Sexo













NAP GAME:
O QUE HÁ POR TRÁS DAS PULSEIRAS DO SEXO
Será que elas são um sinal de que os jovens já estão a par de tudo e possuem estes desejos sexuais, mas ainda não sabem lidar muito bem com isso? É o que nós, a partir de uma análise minuciosa de tudo que aconteceu até agora, tentaremos responder na edição de hoje. Os interessados nos acompanhem.
SIGNIFICADO DAS CORES
Amarela: Abraço
Rosa: Mostrar o seio
Laranja: Dentadinha de amor
Roxa: Beijo com a língua
Verde: Chupões noS pescoço
Vermelha: Fazer uma dança erótica
Rosa: Sexo oral a ser praticado pelo rapaz
Branca: A menina escolhe o que preferir
Azul: Sexo oral a ser praticado pela menina
Preta: Fazer sexo
Dourada: Fazer todos citados acima.

Saiba tudo sobre as pulseiras do sexo















O QUE ACONTENCEU POR LÁ.... – BOX
A origem do Snap Game, que traduzido para o português seria algo como “jogo de arrancar”, se deu quase que ao mesmo tempo no Reino Unido e nos Estados Unidos. O que se tem de relato é que, por lá, um grupo de adolescentes que já usavam as pulseiras de forma comum, resolveu criar um jogo que tornava as pulseiras um tanto quanto interessantes para jovens entre 9 e 15 anos.
Na Inglaterra, por exemplo, uma menina de 12 anos descreveu ao jornal local o que as pulseiras realmente significavam pra eles: “No meu grupo da escola, a líder - que serve de exemplo para todos - só usa pulseiras pretas e douradas. Todos os rapazes da minha turma usam pretas e se uma menina também usa, eles gostam todos dela”.
Na Europa e nos Estados Unidos não há nenhuma evidência de que as crianças e os pré-adolescentes estivessem chegando às últimas consequências do jogo. Aliás, essa possibilidade é praticamente descartada pelos especialistas. O certo é apenas que as pulseiras levaram a garotada a falar sobre sexo, para angústia de pais e professores que ainda não sabem muito bem como lidar com isto.

O QUE ACONTECEU, DE FATO, POR AQUI... – BOOX
Aqui no Brasil, as pulseiras já foram muito usadas nas décadas de 80 e 90, mas sem significado algum. No início deste ano, a moda que já estava passando na Europa, chegou por estas terras tupiniquins. A princípio a maioria dos jovens brasileiros começou a usar sem saber da existência do jogo, e aqueles que tinham visto algo, pela internet, não se importavam. Foi só alguns adultos ficarem sabendo da novidade que a coisa mudou de cara. A grande mídia “caiu em cima” e começou a divulgar a todos os pais os reais interesses de seus filhos ao usarem as pulseiras aparentemente inofensivas.
Não demorou muito tempo para que um caso de abuso envolvendo as pulseiras fosse conhecido e divulgado. E então, todos os “especialistas em adolescência” começaram a defender a proibição imediata das pulseiras, para que a integridade física e moral dos nossos jovens fosse protegida.
O CASO LONDRINA
O primeiro caso registrado de um abuso causado pelas pulseiras ocorreu aqui mesmo no Paraná. E apesar de todo mundo –leia-se aqui, a maior parte da mídia – ter divulgado manchetes como: “ Jovens estupram menor por causa das pulseirinhas do sexo”, os dados mostram que até agora o que se tem mesmo é apenas a denúncia e os depoimentos dos partícipes, sem nenhuma investigação ou decisão de mérito. Mais uma vez a imprensa se antecipou à Justiça, achando os culpados, condenando-os e ainda fazendo uma grande campanha de mobilização na luta contra as pulseirinhas.
Tudo isto deu certo, e os juízes, amparados nesse “clamor público”, começaram a emitir portarias e afins, para que o problema fosse contido logo de início. Então, como alguns juristas diriam, começou-se a fazer a “legislação do terror”. Isso significa que os nossos parlamentares começaram a legislar baseados em um terror eminente, e sem nenhum estudo prévio das verdadeiras causas do fato em questão. Exemplo disso tem aqui mesmo em Cascavel, onde o vereador Airton Camargo propôs uma lei que proíbe as pulseirinhas, sem nenhuma consulta ou estudo sobre os impactos que elas realmente estão trazendo aos jovens da nossa comunidade.



OS MODISMOS QUE VÃO COM A MARÉ – BOOX
Segundo a opinião de Carlos Zamith de Oliveira Junior, juiz de direito “as pulseirinhas coloridas tendem a ser mais um modismo sem grandes consequências, como tantos outros. Foi assim com os tamagotchis, criaturinhas virtuais que, surgidas nos anos 90, faziam às vezes de bicho de estimação: nasciam, cresciam e, na falta de amor e carinho, ficavam doentes e morriam. De cara eles foram reprovados: na época, o robozinho foi responsabilizado pelo aumento do número de casos de depressão infantil e pela diminuição do rendimento escolar dos pequenos. Do jeito que veio, ele se foi – e nada mudou na história das brincadeiras”.








AS PULSEIRAS COMO CONSEQUÊNCIA, E NÃO CAUSA - BOOX
O que conseguimos compreender dessa história toda é que, possivelmente, as pulseiras são mais uma forma dos adolescentes chamarem atenção da sociedade. Em parte porque adoram jogos e brincadeiras proibidas – quem não gosta? – e, em parte porque querem mostrar que a sua sexualidade está aflorada.
É claro que existem dois problemas nessa brincadeira. Primeiro, o fato destes jovens estarem muito cedo despertando para seus interesses sexuais, se comparados com as gerações anteriores, e o segundo é a forma como eles estão demonstrando isso: através de um jogo que, teoricamente, obriga o outro a praticar um ato sexual, como o simples pagamento de uma prenda.
Mas as causas destes dois problemas vão muito além de uma simples pulseira colorida. O fato da sexualidade precoce advém da superexposição dos jovens a ambientes onde o sexo pode ser acessado facilmente e é tratado de forma banal, como na mídia e na internet. E a forma como eles estão demonstrando seus interesses tem a ver com as próprias características da atual geração e com o contexto em que ela foi criada. O sempre inovador mundo tecnológico aliado à cultura consumista deu aos jovens a perspectiva de que eles poderiam atender todos os seus desejos de forma imediata, até mesmo no sexo.
Por isso a melhor forma de remediar a situação não é reprimindo as consequências de um problema tão complexo. O ideal é que os pais atuem na raiz da questão, mantendo o diálogo, desde cedo, e respondendo as dúvidas de acordo como elas forem surgindo. No caso das pulseiras, provavelmente o fato de proibi-las não terá o efeito esperado. Se o objetivo aqui é aconselhar os filhos sobre a possibilidade de algo perigoso acontecer com eles ao participarem do jogo, faça-se isso de maneira honesta.
Para aqueles que ainda assim vêem o jogo como o grande culpado por seus filhos estarem interessados em sexo, é importante lembrar que a única coisa que irá impedi-los de fazer algo que não estão prontos ou que não querem mas fazem apenas para agradar ao grupo é ter auto-estima elevada. Não importa qual seja o assunto: drogas em geral, pulseiras coloridas, pichações ou vandalismos, durante toda a adolescência haverá grupos pressionando seus filhos. A única forma de evitar isso, é fazendo com que eles, desde o berço, tenham uma boa auto-estima.


SOBRE O ASSUNTO, NO TWITTER - BOOX
COLOCAR AO LADO DO TÍTULO O ARQUIVO: twitter.jpg
“Lino usava o cobertor por ainda não sentir-se preparado para as demandas do mundo real [...]”
“[..] seu filho está usando a pulseira do sexo por ainda não sentir-se preparado para a experimentação [...]”
“Logo, falta quem o ajude, suporte e prepare. Pode ser vc, ou pode ser um código bobo de conduta adolescente. Vc escolhe”.



VOCÊ QUE FALA – COLOCAR A IMAGEM DO “VOCÊ QUE FALA”
“Eu e minhas amigas começamos a usar as pulseirinhas depois que vimos uma reportagem na TV sobre elas. Nem nos importamos sobre o significado que estavam falando que elas tinham, porque a gente usava por achar bonito mesmo. Mesmo assim, o colégio começou a mandar bilhetes para os nossos pais. A maioria dos meus amigos nem chegou a entregar os bilhetes, jogou tudo fora, por achar uma grande besteira”.
B. G., estudante de 13 anos
“Na verdade, acho que as meninas da minha sala que usavam sabiam do significado e por isso mesmo usavam. Mas não sei se elas se importavam com o significado, até porque a maioria de nós (meninos) não estava nem aí pra isso, então acho que elas queriam era desafiar os pais, o colégio, sei lá...”
F. C. A., aluno da oitava série, 14 anos
“Na minha escola não teve proibição nenhuma, mas a minha mãe conversou comigo e explicou o que “tavam” falando sobre as pulseiras, eu achei idiota esses significados e parei de usar, mas muitos da escola continuam usando e eu nunca vi nenhum abuso ou coisa assim”.
C. B., estudante de 11 anos
da Juventude de hoje, intrigado com esse tema polêmico, resolveu ir às ruas e saber dos próprios jovens – principais interessados no caso e que até agora não foram ouvidos – as suas versões sobre as tais “pulseirinhas do sexo”. Será que elas estão influenciando nossos adolescentes à precocemente se interessarem por sexo ou, pelo contrário

NO FIM SOU BRANCO

  Não tenho tempo para odiar A cor da pele não importa Amo sem preconceito Felicidade muda o mundo Só posso ser feliz amando. Te a...