sexta-feira, 16 de abril de 2010

Como é difícil mostrar a verdade

Lendo a postagem do Bindé sobre a morte do Luiz Carlos Reis, o motorista que conduziu Antônio Sá Leite e o Bigode Branco para matarem Antonio Heleno dos Santos, lembrei o quanto é defícil procurar a verdade para que as pessoas saibam como tudo aconteceu de verdade. Antônio Heleno, é bem que se diga a verdade, era um crápula, mas ninguém tem o direito de tirar a vida de quem quer que seja, mesmo os crápulas.
Nesse momento de divagação, recordei quando em companhia do Bindé, investigávamos a morte do "Mosquito", um jovem marginal levado a senda do crime por circunstâncias que ninguém nunca ousou dizer. O grande crime do "Mosquito" foi a morte de uma senhora grávida de 7 meses durante um assalto no Jardim Gramado, isso lá pelos idos de 1985. Munido de uma garrucha enferrujada, Mosquito e seu inseprável comprasa, "Cebola", invadiram a residência para furtar, mesmo por que a "caxamga
estava muda" (casa vazia na giria da marginalidade). O azar dos meninos foi a chegada da mulher, que assustada gritou. Mais assustado ainda, "Mosquito" disparou a velha garrucha e o pior aconteceu.
O "perigoso" facínora começou a ser achincalhado por um jornal diário local. Isso tudo resultou em seu assassinato, não da forma oficial como divulgado, mas no submundo da mentira e do esconderijo. Quando chegávamos perto de descobrir e provar o que queríamos fazer, fomos "devidamente convencidos" a esquecer o assunto. O tempo passou, mas não esqueci. Aposto que o Bindé também não...

A verdade aparecendo

O Bindé noticiou e aqui volto à carga. Crimes de homicídio jamsi deveriam prescrever. Infelzimente ainda temos que aceitar Leis absurdas que punem com a liberdade assassinos que por não terem sido julgados ou pronunciados, posam de senhore de bem, são recebidos por ávidos puxa-sacos e oputros que lhes lambem as botas.
A bem da verdade, a morte de Luiz Carlos Reis praticamente encerra o ciclo Antônio Heleno, mas os seus verdadeiros algozes ainda vivem, riem do fato e se julgam acima da Lei. Mas sua hora também chegará e nesse momento não vai adiantar chorar ou implorar. Mas confortem-se facínoras, pois mesmo sendo do jeito que são, é bem provável que ainda lhes sejam prestadas homenagens e seus nomes aparecerão em alguma escola ou rua. Talves um dia alguem responda a um pedido de endereço. Eu moro na rua do assassino do Antonio Heleno. Já o assassino da enfermeira Cenira ou do carpinteiro Casemiro não terão a mesma sina. Seus nomes sequer serão lembrados.

NO FIM SOU BRANCO

  Não tenho tempo para odiar A cor da pele não importa Amo sem preconceito Felicidade muda o mundo Só posso ser feliz amando. Te a...