quarta-feira, 21 de abril de 2010

A dífícil arte de amar

Descobri o amor e essa descoberta levou-me a constatar que amar é uma arte. Uma arte em que os artistas se esmeram para cumprirem seu dever de entreter. Como é difícil a arte de amar. É tão simples quando os encontros são descompromissados e nos quais se busca apenas a saciedade física dos corpos.
Mas amar é mais, é determinação, despojamento, renúncia e desapego. Quem diz que ama e se apega, não pode amar, pois condição básica do amor e permitir ao ser amado a liberdade de viver. Mas como é difícil permitir...
Mas ainda permito...

Escola de Sacanagem

Nos anos 70 do século passado, quando acabou o período da exploração da madeira e começou o ciclo da soja, as casas de tolerância (zona mesmo) viviam cheias de fazendeiros gastando por conta. Foi numa dessas noitadas que Meneghel matou o amigo "Chapecó", pelo fato dele ter lhe passado a mão na bunda, mesmo sem comer ninguém.
Mas voltando a soja, Francisca Lessa, popularmente conhecida por "Chiquinha", puta aposentada e dona do mais popular salão de fornicação, detentora de um bom capital, comprou uma área de terra e diante de tão "prósperos" clientes, resolveu tornar-se agricultora. Foi ao banco, solicitou um empréstimo para efetuar o plantio e assim agiu.
Como não tinha a menor vocação para o cultivo na oleoginosa, o resultado foi um completo fracasso. "Chiquinha" era cafetina mas não era caloteira e procurou o gerente do banco para honrar os compromissos assumidos. Época díficil, inflação alta, juros ainda mais elevados e o resultado foi um rombo na poupança da mulher. Sacou o talão de cheques, pagou e sentenciou: "com tantos anos de putaria, pensava que entendia tudo de sacanagem" (Ela me contou essa história numa das muitas entrevistas que me concedeu. Essa foi numa confortável residencia na rua engenheiro Rebouças, entre a avenida Brasil e Erechim. No local hoje funciona um restaurante.) Em tempo: quando ela me contou isso, era ainda um repórter imberbe e Lessa, uma senhora com mais de setenta anos).

NO FIM SOU BRANCO

  Não tenho tempo para odiar A cor da pele não importa Amo sem preconceito Felicidade muda o mundo Só posso ser feliz amando. Te a...