segunda-feira, 19 de julho de 2010

Começo de Campanha


Terminada a Copa do Mundo, começa a campanha eleitoral. Já tem comitê instalado e candidato cabalando pesquisador e mentor de campanha, visando conseguir a eleição. Em Cascavel, todos os que postulam êxito podem sair vitoriosos, basta que recebam votos e é nessa hora que um bom articulador faz a diferença. Já passei por vários pontos e pude perceber que em alguns, teremos boas festas,muita mulher pelada, churrasco e bebida, mas voto mesmo, serão poucos. Tem muito candidato que vai consquistar mais de 30 mil votos e vai ficar chupando o dedo. Depois não digam que não avisei...

sábado, 10 de julho de 2010

O canto do Ipê Foiiiiido...


O título parece estranho, mas aconteceu e ainda deve acontecer em alguma delegacia de polícia do Paraná, onde esteja lotado o delegado titular da façanha.
Esse relato aconteceu em Medianeira, nos idos de 1994, quando eu trabalhava na Gazeta do Paraná.
Era repórter da sucursal naquela cidade e um belo dia encontrei o "Gilbertão", ex-policial, hoje Bacharel em Direito e que estava lotado naquela cidade. Ao me encontrar, manifestou sua alegria e em seguida me estendeu o convite para uma janta que aconteceria na delegacia.
Lá pelas 19 horas fui chegando. Recebido pelo Gilbertão, fui apresentado ao doutor Luiz Kikuchi, delegado títular. Outros agentes e convidados estavam no local, esperando a hora da bóia.
Mas o que me chamou atenção era um sujeito magrinho, que descarregou de uma caminhonete umas 10 caixas. Tudo muito bem embalado e cuidado. Um equipamento de som espetacular, um violão maravilhoso. Quando ele começou a abrir as caixas fiquei impressionado. Delas afloravam centenas de livros de letras de músicas.
Chamei o Gilbertão e perguntei se aquele aparato todo era constante ou era uma apresentação especial de algum artista convidado. O policial então me explicou que o cidadão magrinho era na verdade o delegado titular de Matelândia e que também tinha sido convidado ao jantar. Disse ele ainda, que a maior alegria do delegado, que ainda deve estar na ativa, era cantar em festividades como aquela.
Comentei do aparato de som, do violão e das caixas cheias de cadernos musicais e o Gilberto me alertou: "Você vai ver quando ele começar a cantar. Se prepare!"
Fiquei observando o delegado ajeitar o som, arrumar o banco, preparar o cavalete para os cadernos, mexer na afinação do violão.
A cerimônia de preparação me fazia crer que naquela noite veria uma apresentação similar a do Roberto Carlos.
Imerso em seus afazeres musicais, o delegado continuava cuidando dos preparativos que demandaram umas duas horas.
Quando foi anunciado o jantar, por volta das 21 horas, o delegado se ajeitou no banco, pegou o violão e abriu o verbo. Da sua boca surgiu uma voz esganiçada, pior que taquara rachada e seus pulmões soltaram o clássico sertanejo das prisões, IPÊ FLORIDO, da dupla Liu e Leu, mais ou menos assim: "Meu ipê foiiiiiiidooooooo, junto à minha céia, hoje tem altuia, da mia janéia... Só uma difeiença, há em nóis agóia, aqui dento as noite, não tem mais auióia, quanta caidade tem você lá fóia...."
Confesso que descobri porque ninguém puxava conversa com o delegado. Apesar de ser um ótimo sujeito, ele torturava os ouvidos de quem estivesse por perto. Mas fazer o que, se esse era o sonho do delegado que acabou sendo transferido para Corbélia, onde permaneceu durante bom tempo.
Tomara que ele tenha parado de cantar.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Como nasce um amor


A noite prometia. Estacionado diante da portaria, ansiava pela chegada da mulher. Depois de um encontro casual numa sala de bate papo na internet, a conversa evoluiu para telefonemas simples e diretos, sem galanteios ou insinuações, até que chegou o dia do encontro. No horário combinado ela apareceu. Trajava um vestido discreto, sua pele branca destacava-se na penumbra que envolia a portaria do prédio. Ele abriu a porta, ela entrou. Um leve beijo no rosto marcou o início do encontro.
O carro seguiu até um Centro de Compras onde os dois pararam. Pouca conversa, um lanche, um refrigerante e sairam. Poucos instantes depois o carro parava no estacionamento central e dentro dele começava uma conversa leve, sem muitas surpresas, afinal, ja tinham conversado bastante por telefone. Subitamente um beijo, vivo, molhado, sequioso, daqueles que acende a libido e deixa a alma leve. Ambos buscavam momentos de prazer. Dai para o pedido foi um instante. Uma frase ecoou dentro do carro.
_ Você é livre, pode escolher entre duas alternativas. É sim ou sim!!!!!
Um sorriso selou aquele dizer. Os lábos se tocaram novamente e o carro tomou rumo do motel. Lá, foram momentos mágicos que se seguiram de espasmos de ambos os corpos. A partir de então os encontros aconteceram com regularidade de amantes despreocupados, cada um buscando ao outro em momentos distintos. A cumplicidade foi tomando corpo. Confidencias foram trocadas e a cozinha passou a ser ponto de afinidade cada vez maior.
Os anos passaram e em dado momento ele sentiu que ela se afastava. Uma dúvida tomou conta do seu ser. Uma fúria se apossou dele ao imaginar que estava perdendo o carinho e os afagos da mulher. Mas isso estava acontecendo com ele? Um homem acostumado a ser frio, insensível? Estava mesmo desesperando-se por uma única mulher?
Foi difícil reconhecer, mas a procurou, estacionou o carro numa sombra e enquanto uma lágrima teimava em descer pelo seu rosto sentenciou: "Eu Te Amo", declarou. Foi assim que descobriu como nasce um amor...

NO FIM SOU BRANCO

  Não tenho tempo para odiar A cor da pele não importa Amo sem preconceito Felicidade muda o mundo Só posso ser feliz amando. Te a...