terça-feira, 27 de abril de 2010

Um canalha a menos

Já que ele morreu, posso contar a história. Segundo o Bindé, Dalton Palomares de Toledo, sócio de Antônio Heleno dos Santos, morreu. Em fevereiro de 1979, se não me falha a memória, no dia 23, fazia a cobertura do carnaval em companhia do fotógrafo Chico Tebaldi. Ao chegarmos no ginásio de Esportes Sérgio Mauro Festugatto,Chico Tebaldi me falou que estava com "pouco filme". Peguei um fusca que era usado pelo Popenga para fazer a distribuição do jornal e nas horas vagas servia de carro para a redação e me dirigi até o Fronteira do Iguaçu com o objetivo de pegar uns filmes afim de terminarmos a cobertura carnavalesca. Enquanto Tebaldi fotografava a pobreza no Sérgio Mauro, eu estacionava o "bólido" verde no pátio do jornal, onde hoje funciona a Escola Corujinha. Estranhei ao ver tudo acesso e as portas abertas. Ao entrar, deparei com rolos de papel espalhados em todos os setores do jornal e o cheiro inconfundível de gasolina. Com cuidado fui avançando e na sala de impressão estava ele, o dito Dalton Palomares de Toledo, e mais 3 homens que nunca vi novamente. Em cima da impresssora, Toledo colocava nacos de papel. Ao me ver questionou da minha estada no local. Disse-lhe que buscava filmes. Ele mandou, em tom ameaçador estampado na voz e no semblante dos jagunços, todos devidamente paramentados com reluzentes máquinas de viúvas à cinta, que deixasse o local e nada comentasse. Calado estive até agora, pois foi naquele dia que fiquei mais uma vez desempregado.
Tive que rir quando em junho ao editar um novo período do matutino, o então editor Paulo Martins vaticinava: "Só falta sermos assassinados!". O que acabou acontecendo em 14 de agosto quando tombou sem vida ao lado da Catedral Nossa Senhora Aparecida, o sócio do Dalton, Antonio Heleno dos Santos.

NO FIM SOU BRANCO

  Não tenho tempo para odiar A cor da pele não importa Amo sem preconceito Felicidade muda o mundo Só posso ser feliz amando. Te a...