sexta-feira, 26 de março de 2010

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Dever do legislador
A Câmara de Vereadores de Cascavel tem se esforçado para ficar distante das polêmicas, mas a atuação de alguns vereadores é sofrível. Não tem interesse, comparecem ao Plenário despreparados, não discutem com a comunidade e não tem sequer um “rasgo de sapiência” para saber qual é o dever do legislador. Muitos chegam a afirmar que é dever do vereador fazer Leis. Até ai tudo bem, mas que tipo de Leis devem ser apresentadas? As que serão importantes no futuro ou aquelas feitas para beneficiar infratores?

Cada uma que acontece!
Volta e meia aparece na Câmara um projeto de Lei visando “regularizar” situações. Será que o vereador que apresenta esse tipo de Lei se preocupou com aqueles que cumpriram as normas da época. Sim, as normas mudam, mas devem mudar para melhor. No Brasil temos uma cultura de premiar os “espertos”, aqueles que fazem tudo errado na esperança de que uma anistia os perdoe.

A anistia da vez...
Desta vez foi o vereador Gilmar Gaitikóski que voltou a baila com um projeto de Lei visando regularizar construções e outros quesitos. Nada contra o vereador apresentar projetos de cunho social, mas não se deve esquecer de que é primordial exigir o cumprimento das Leis vigentes.
Um festival de aprovações
O prefeito Edgar Bueno deve estar sorrindo a toa. Tudo o que ele manda para o Legislativo é aprovado. A presença do chefe de gabinete Atair Gomes da Silva, ex-presidente do Legislativo tem sido preponderante para garantir que as matérias de interesse do executivo tenham o destino esperado, ou seja, a aprovação.


Reuniões na quinta-feira
O vereador Airton Camargo falou na Tribuna que as reuniões da Comissão de Redação e Justiça acontecerão toda quinta-feira no plenário do Legislativo e aproveitou para convidar a todos para acompanhar os trabalhos.

A mudança das capivaras
Marcon tanto insistiu que acabou conseguindo a transferência das capivaras do lago para uma reserva indígena. Apesar de que muitos gostam da presença dos bichinhos, eles precisam de mais espaço e de algum predador, no caso os índios que estarão liberados para saborear alguns espécies da super população capivaresca.

Fonte das Capivaras
A maior frustração de Luiz Carlos Marcon é não ter construído a “fonte das capivaras”. Para quem não sabe, O secretário do Meio Ambiente fez todo o projeto e acompanhou de perto as mudanças feitas no Parque Tarquínio Joslin dos Santos. Lá ele levantou uma fonte onde a população vai buscar água. Nesse local era para ser colocados três capivaras, tal qual os leões que dão nome a fonte no Parque Municipal Paulo Goprski.




Por que não saiu?
Até as formas das capivaras já estavam prontas mas como na época o ex-prefeito Salazar Barreiros estava respondendo a um processo administrativo sobre as capivaras, Marcon aceitou os argumentos do prefeito Edgar Bueno e aposentou o processo. Desde então ele reclama das capivaras.



FRASE
"Os partidos decidiram que se o candidato do PT for Mercadante, eles vão apoiar", Presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, ontem em São Paulo

Não importa o quanto chova, vai faltar água

Até parece brincadeira quando se fala que o problema da falta de água vai nos afetar, mesmo com a quantidade de chuva que ocorre na região. Nesta segunda-feira foi comemorado o “Dia Mundial da Água”. Nada demais, comentam alguns, mais um dia festivo, alegam outros, mas o problema é sério e pode ser até virar caso de conflito mundial se nada for feito agora. Basta darmos uma olhada ao redor, ver o estado das nascentes, o quanto os rios estão poluídos e se chega a uma constatação aterradora. Vai faltar água! E quem serão as vítimas da nossa irresponsabilidade atual? Nossos filhos, pois para esse problema nossos netos estão muito distantes.
A crescente poluição, a falta de economia de água e o aterro de nascentes agravam cada vez mais uma situação que começou no principio do desenvolvimento humano, mais especificamente quando o homem começou a sua chamada civilização. Para ter mais facilidade começou a construir sua morada próximo dos rios. À medida que o tempo passou a população foi aumentando e o mesmo rio que fornecia a água começou a receber em troca o esgoto, os dejetos e a sujeira. O que era fonte de vida virou esconderijo da morte, pois a cada dia mais rios morrem. O exemplo mais gritante está localizado em São Paulo. O Rio Tietê que corta a mais rica cidade do Brasil não vive. Está assoreado, suas águas sujas não tem oxigênio para que peixes se multipliquem.
Mas não podemos ficar pensando só no Tietê, mesmo porque ele está longe de nós e até parece que esse problema é dos paulistas. Vamos nos ater ao Rio das Antas, o Rio Cascavel, o Córrego Bezerra, O Rio Quati, sem falar nas centenas de pequenos rios não nominados aqui, mas que atravessam as cidades de Iguatu, Corbélia, Santa Teresa do Oeste, Ibema, só para citar algumas. Cada um desses espaços da vida é precioso e precisa ser cuidado, mas em todas as cidades, os pequenos rios são os primeiros a ser mortos. E a culpa é de quem? Dos governantes? Não, a culpa é de todos. Dos governantes que não tiveram visão lá atrás, dos invasores que constroem casas nas margens dos riachos, dos munícipes que jogam lixo nas ruas. É de todos. A situação pode ser mudada se todos agirem, pois a exemplo da França, que recuperou o Rio Sena e a Inglaterra que fez ressuscitar o Tamis. Alguém pode dizer que lá eles têm recursos, mas e aqui por acaso não temos? O que falta é a responsabilidade dos governantes, a determinação da população e a boa vontade de todos para que possamos reverter esse quadro e no futuro ouvirmos de nossos filhos: obrigado, você cuidou para que eu vivesse.

Comentários

FRASE
"A Justiça de Deus exige que assumamos nossas ações sem ocultar nada", por isso, "reconheçam abertamente a sua culpa, submetam-se às exigências da Justiça".
Papa Bento XVI, em carta aberta divulgada ontem, referindo-se a postura das autoridades eclesiásticas da Irlanda que acobertaram casos de pedofilia na Igreja


Em campanha
O assessor da Câmara de Cascavel, José Ivaldece Pereira está ausente. Pediu licença para participar da campanha eleitoral. Fiel escudeiro do senador Álvaro Dias, ao lado de Hostílio Lustosa, Ivaldece ficou “órfão” com a ausência do amigo nas disputas. Ele ainda não disse se vai acompanhar Hostílio na candidatura de Osmar Dias, ou vai de Beto Richa. A coluna social que ele assinava no Jornal O Paraná também parou de circular, isso pode significar que Ivaldece acompanha Osmar Dias.

Substituído
A cadeira de Zé Ivaldece nem esfriou e já tem gente sentada. Uma nova assessora já foi designada para ocupar o lugar vago. Ninguém sabe ao certo sobre a competência da mulher. O que se sabe é que com esse arranjo a Câmara vai evitar o desembolsar de alguns reais. No entendimento de alguns, ela não poderia ser demitida pelo fato de estar grávida. Tudo bem que a mulher precisa de estabilidade, mas indicados em cargo de confiança não tem essa prerrogativa e a Câmara não precisaria voltar atrás.


Acomodando os cabides
Na verdade essa indicação foi um ato do presidente Marcos Sotile Damasceno que precisou consertar mais uma do neófito Gilmar Gaitkóski. A indicada era assessora de gabinete e acabou sendo dispensada. Ela disse ter sido injustiçada e acabou procurado seus direitos. Venceu e vai substituir o Zé Ivaldece.



Traindo de novo
O governador José Serra mais uma vez da demonstração que não honra o que apregoa. Em 2004, ao disputar a prefeitura de São Paulo, falou aos paulistanos que cumpriria seu mandato até o fim. Não cumpriu e deixou o cargo para disputar o governo, uma vez que na época não tinha conseguido a indicação para ser o candidato a presidência. Na campanha ao governo de São Paulo, mais uma vez prometeu cumprir o mandato até fim, mas isso também já é passado. Ao invés de pedir para a população avaliar o seu governo de São Paulo, Serra vem e anuncia sua candidatura ao Palácio do Planalto. Provando mais uma vez que não tem palavra. A instituição da reeleição é o melhor caminho para se separar quem trabalha de verdade de quem quer apenas cargos. Se Serra tivesse sido um bom governador, deveria disputar a reeleição para ser avaliado pelos paulistas, mas o medo de enfrentar a opinião popular e que poderia desmascará-lo foi mais forte e ai está ele na disputa presidencial.
Foto Zé Serra ver a melhor, ou a pior


Mudanças
As mudanças nas sessões legislativas de Cascavel precisam ser mais bem analisadas. Com a realização de duas sessões no mesmo dia, as matérias podem ser votadas sem que a sociedade entenda melhor o que está acontecendo. Normalmente os debates mudam quando as sessões são feitas em dias alternados. Com a realização das sessões em um dia, fica mais difícil de saber o que está sendo votado ou aprovado.


Pouco trabalho
Alguns setores da mídia caíram de pau sobre a decisão dos vereadores de realizar as sessões num único dia. As reclamações são pertinentes quando se referem ao fato dos vereadores votarem as matérias todas numa sequência. Agora dizer que os vereadores trabalham pouco pelo fato de fazerem reuniões uma vez por semana é redundante. O dever da imprensa é informar. Concordamos que alguns vereadores não são chegados a dar expediente no Legislativo, mas a grande maioria cumpre expediente e todos os dias estão presentes, cuidando dos interesses populares. Cada um a sua maneira, mas esse é a realidade.

Cara de pau
O deputado Valdir Rossoni (PSDB) é o maior cara de pau da Assembléia Legislativa do Paraná. Indagado sobre o fato de ter nomeado um vereador como assessor de gabinete, alegou desconhecer o fato. Será que alguém acredita que uma pessoa esclarecida como o deputado não sabe quem está nomeando para lhe auxiliar no gabinete? É preciso que a Justiça venha em socorro da população, pois estão lhe tomando os recursos à luz do dia.


O nomeado
O assessor do deputado Rossoni foi eleito vereador em outubro e nomeado assessor em março. O deputado deveria ser o primeiro a informar ao seu assessor que ele estaria impedido de ser nomeado assessor por ser detentor de mandato eletivo. A Constituição proíbe o acúmulo de cargos nesses casos. O servidor concursado pode ocupar cargo eletivo, desde que haja compatibilidade de horários.


Entulho nas ruas
Os programas do governo federal que incrementaram o desenvolvimento e a construção de novas casas, além do PAC, um dos setores que mais cresceu foi o da construção civil. Com isso a cidade ganha novos empregos, mas também problemas. Diariamente são depositados toneladas de entulho no aterro, além de resíduos que alguns irresponsáveis jogam nos fundos de vale.
A municpalidade precisa agir com rigor, pois 40% desses entulhos podem ser reaproveitados. Em razão disso, seja para reduzir o impacto ambiental, seja para gerar emprego e renda ou reduzir consumo de matéria prima, é fundamental a imediata implementação de projetos de reaproveitamento de entulho na cidade. Voltaremos ao assunto.



E o velho lixo
Novamente surgem comentários de que o pagamento do serviço da coleta de lixo em Cascavel serve para pagar o mensalinho na Câmara de Vereadores de Cascavel. Comentam que dois ou três vereadores não receberam a devida paga e com isso estão bastante “nervosos”. Está na hora de se acabar com isso definitivamente. Ou s e esclarece ou se arquiva de vez esse assunto nebuloso.
Salários defasados
E por falar em mensalinho, os vereadores de Cascavel ganham pouco pela responsabilidade que tem. Até 2008 os vereadores ganhavam o mesmo que um secretário municipal, ou seja, cerca de R$ 5 mil por mês. Em 2009 os vereadores concederam aumento de salário para o prefeito e os secretários, mas não foram contemplados com o mesmo reajuste. Assim fica difícil trabalhar.

Antigamente
Algumas pessoas podem até lembrar que antigamente os vereadores não ganhavam nada para legislar. Ledo engano. Muitos vereadores ganhavam bem mais que os atuais assalariados. Não se pode esquecer que vereador tem autoridade para criar leis e muitos ganham bastante para aprovar leis de interesse. Vejam os loteamentos por exemplo. Qualquer autorização precisa passar pela Câmara. Tem ex-vereador que tem terrenos suficientes para formar uma vila, outros se apossaram de espaços públicos e até hoje dizem que “são pessoas de bem”.

Quando começam as estratégias de “guerra”

Ainda falta muito tempo para as eleições de outubro, mas praticamente todos os nomes estão lançados e todos os que trabalham nos bastidores já se movimentam visando garantir a eleição dos seus escolhidos. Todo o aparato eleitoral está em ebulição, seja nos botecos das vilas, onde os cabos eleitorais já dizem que o “seu candidato” é o melhor e o mais bem preparado, ou nas agências de publicidade, locais que “gênios” da estratégia de marketing pensam dia e noite como fazer para fazer com que as idéias dos seus contratantes sejam transformadas em “argumentos” de campanha fortes o suficiente para convencer o eleitor.
Finalmente, no topo repousam os “candidatos”, mesmo que não definidos “oficialmente” perante a legislação, já estão definidos nos bastidores. Mas esse repouso aparente esconde uma “guerra” silenciosa onde não faltam “alfinetadas” jocosas e o aproveitamento dos meios de comunicação que são obrigados a disponibilizar horários gratuitos para a propaganda. E é nesses espaços que a campanha se torna acintosa. Candidato velho do partido A, vem a público e tenta distorcer o candidato jovem do partido B, que por sua vez critica o agricultor do partido C, mesmo que em público apareçam de mãos dadas em fotos de jornais dizendo do seu compromisso com a sociedade.
O que falta é transparência. Se não concordo com as idéias desse ou daquele candidato, não devo sentar-me ao seu lado, pois mesmo que falem que as disputas devem permanecer no campo das idéias, não é concebível a convivência entre a raposa e as galinhas. O procurador da República Federal, Celso Antônio Três, em sua passagem por Cascavel jamais foi visto participando de “banquetes e churrascadas” com os demais setores da sociedade. Sua participação em eventos sociais estava limitado ao Clube dos Advogados, onde jogava futebol nos finais de semana, mas sempre entre seus pares. Indagado do por quê desse comportamento, Três explicava: “não posso ser comensal daqueles que amanhã poderão estar sendo acusados por mim. Não teria o discernimento ético e moral para agir com isenção”. A se os políticos também agissem assim, teríamos mais compromissos, mas respeito, mais galhardia. Até a década de 70, no século passado, quando um político mudava de partido, era execrado pela sociedade que já lhe impingia um rótulo: “o vira casaca”, numa alusão ao homem que se despia dos princípios ideológicos que havia confessado como alguém que simplesmente tira o paletó e o veste no lado avesso.
Mas isso hoje é motivo de risos, em exemplos gritantes podem ser vistos na sociedade, onde apenas os interesses pessoais são predominantes e atingir esses interesses é a única coisa que importa. O Partido Popular Socialista (PPS) é hoje o maior exemplo de sigla de aluguel que existe. Surgido de uma dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB) que era presidido por Roberto Freire no Brasil, o PPS se formou graças a um “golpe” perpetrado por Freire contra comunistas históricos. O PCB só não acabou porque é maior que um homem. É um dos poucos partidos com viés ideológico, que existem. A ele podem ser alinhados o Partido dos Trabalhadores (PT) em sua base, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e uma parte do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Mas voltemos ao exemplo do PPS. Usando um slogan de “Partido Ficha Limpa” esqueceu seus compromissos programáticos e passou a aceitar em seus quadros os mais reacionários integrantes da direita raivosa, os mesmos que perseguiram os comunistas que acreditaram em Freire e nas propostas do PPS e que hoje, dentro do partido, querem apenas uma sombra para descansar suas candidaturas podres. Esses até tem direito constitucional de disputar eleições, mas dentro do seu pensamento ideológico, mas certamente eles não sabem o que é ideologia e o que ela representa.
É por isso que a disputa ao governo do Estado já começa deturpada, pois terá em seu seio pessoas que buscam apenas os seus próprios interesses, enquanto velhos políticos vêm dizendo que “são novos”, novos são tachados de “velhos” e os interesses do povo paranaense, que a tudo assiste passivo vai sendo postergado. Mas um dia isso muda, podem esperar.

NO FIM SOU BRANCO

  Não tenho tempo para odiar A cor da pele não importa Amo sem preconceito Felicidade muda o mundo Só posso ser feliz amando. Te a...