sexta-feira, 26 de março de 2010

Não importa o quanto chova, vai faltar água

Até parece brincadeira quando se fala que o problema da falta de água vai nos afetar, mesmo com a quantidade de chuva que ocorre na região. Nesta segunda-feira foi comemorado o “Dia Mundial da Água”. Nada demais, comentam alguns, mais um dia festivo, alegam outros, mas o problema é sério e pode ser até virar caso de conflito mundial se nada for feito agora. Basta darmos uma olhada ao redor, ver o estado das nascentes, o quanto os rios estão poluídos e se chega a uma constatação aterradora. Vai faltar água! E quem serão as vítimas da nossa irresponsabilidade atual? Nossos filhos, pois para esse problema nossos netos estão muito distantes.
A crescente poluição, a falta de economia de água e o aterro de nascentes agravam cada vez mais uma situação que começou no principio do desenvolvimento humano, mais especificamente quando o homem começou a sua chamada civilização. Para ter mais facilidade começou a construir sua morada próximo dos rios. À medida que o tempo passou a população foi aumentando e o mesmo rio que fornecia a água começou a receber em troca o esgoto, os dejetos e a sujeira. O que era fonte de vida virou esconderijo da morte, pois a cada dia mais rios morrem. O exemplo mais gritante está localizado em São Paulo. O Rio Tietê que corta a mais rica cidade do Brasil não vive. Está assoreado, suas águas sujas não tem oxigênio para que peixes se multipliquem.
Mas não podemos ficar pensando só no Tietê, mesmo porque ele está longe de nós e até parece que esse problema é dos paulistas. Vamos nos ater ao Rio das Antas, o Rio Cascavel, o Córrego Bezerra, O Rio Quati, sem falar nas centenas de pequenos rios não nominados aqui, mas que atravessam as cidades de Iguatu, Corbélia, Santa Teresa do Oeste, Ibema, só para citar algumas. Cada um desses espaços da vida é precioso e precisa ser cuidado, mas em todas as cidades, os pequenos rios são os primeiros a ser mortos. E a culpa é de quem? Dos governantes? Não, a culpa é de todos. Dos governantes que não tiveram visão lá atrás, dos invasores que constroem casas nas margens dos riachos, dos munícipes que jogam lixo nas ruas. É de todos. A situação pode ser mudada se todos agirem, pois a exemplo da França, que recuperou o Rio Sena e a Inglaterra que fez ressuscitar o Tamis. Alguém pode dizer que lá eles têm recursos, mas e aqui por acaso não temos? O que falta é a responsabilidade dos governantes, a determinação da população e a boa vontade de todos para que possamos reverter esse quadro e no futuro ouvirmos de nossos filhos: obrigado, você cuidou para que eu vivesse.

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