terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

SOLIDÃO EPIDEMICA

Solitário pela rua, busco razão pra te ver, te encontrar, ser feliz. No caminho encontro outros como eu, nem todos com o mesmo querer, mas todos buscando a felicidade que passa ao largo, rindo de tanta estultícia. Seres desesperados na tentativa vã de mudar o destino que mostra garras indomáveis de terror e incerteza. Em meio a solidão que me acompanha, deixo o sorriso se alinhar com a gargalhada da felicidade que cobra dos incautos o desprezo por que passou. Nos jazigos, corpos inertes se tornam números, enquanto tolos desdenham a realidade, apostando na pantomima que julgam real. Pobres seres fadados ao inferno, o mundo real irá cuidar de suas almas pobres, encimesmadas em opiniões iludidas pela falta de esmero. A mim resta sorrir, pois te encontrei, anjo de sabedoria, musa dos meus dizeres, mulher da minha existência. Sendo assim, não importa a partida, mas apenas a certeza que estaremos sempre juntos, pois esse foi o destino que escolhemos e temos que viver!

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